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A língua inglesa como fator de empregabilidade, de progressão de carreira e/ou de exclusão, por Professora Sandra Marques.

Artigo de Opinião publicado no semanário Vida Económica

No próximo dia 23 de abril, assinala-se o Dia da Língua Inglesa, data da morte do escritor britânico William Shakespeare, que terá acrescentado mais de 2000 palavras à língua, sendo, por isso, inegável a sua influência, desde o passado até à atualidade. Quem fala inglês, acaba por citá-lo, mesmo sem se aperceber, e a verdade é que o número de pessoas que o citam tem aumentado consideravelmente, nos últimos anos.
De facto, a universalidade e a importância da língua inglesa são reconhecidas e irrefutáveis visto que o seu uso se tornou imprescindível em quase todos os domínios. É a língua da ciência, da aviação, da informática, da diplomacia e do turismo, dos negócios ou da Internet, pelo que a disciplina é parte integrante dos currículos escolares já há muitos anos e o número de inscritos em cursos extracurriculares não para de crescer.
Num mundo global e com desafios cada vez mais competitivos, a aprendizagem da língua inglesa tornou-se imperativa, por ser ferramenta de comunicação e requisito mínimo em qualquer tipo de contacto e participação internacional. Há organizações e empresas cuja língua de trabalho é o inglês. A Organização das Nações Unidas é disso um exemplo. O inglês é uma das seis línguas oficiais da ONU, juntamente com o francês, o árabe, o espanhol, o russo e o chinês, e uma das duas línguas de trabalho, com o francês. Por conseguinte, ao nível do recrutamento e da contratação, o domínio da língua inglesa passou a constituir um requisito preferencial e a par de outras competências técnico-científicas um fator de exclusão ou de seleção.
No mundo do trabalho, a barreira linguística pode mesmo impedir a progressão da carreira ou ida a reuniões, conferências, feiras, exposições e/ou acontecimentos internacionais importantes em detrimento de colegas que, embora não tendo as mesmas competências, acabam por destacar-se e colher os louros, de certa forma, imerecidos.
Neste sentido, e embora todos percebam as vantagens que as competências de comunicação da língua inglesa oferecem, é de lamentar que muitos, devido às suas dificuldades, desinvestam na sua aprendizagem o que, em última análise, significa uma limitação e um desinvestimento em si mesmos e no seu sucesso. Estar ao nível dos seus pares/parceiros significa aumentar o seu nível de confiança, a sua capacidade analítica, o seu nível competitividade e eficiência; significa, ainda, agir de forma menos hesitante e tomar decisões baseadas na razão, com segurança e sem perdas de tempo.
A meu ver, a aposta na aprendizagem da língua inglesa deve ser sempre vista como um investimento certo, desde a infância até a idade adulta, uma ferramenta fundamental para o sucesso pessoal e profissional, um recurso fulcral num mundo dinâmico, competitivo e global.