• EN
  • Imprimir
  • LinkedIn
  • Facebook
Você está em: Início > A Gestão de Pessoas em pequenas empresas, por Professor Protásio Leão

A Gestão de Pessoas em pequenas empresas, por Professor Protásio Leão

Artigo de Opinião publicado no semanário Vida Económica

Como desenvolver uma gestão eficaz de Pessoas em empresas de pequena dimensão, envolvendo e retendo talentos? Como é que a gestão de pessoas pode apoiar o processo de crescimento das empresas? Estas questões preocupam os gestores que acreditam no bem-estar dos colaboradores e acreditam que o ambiente profissional é fundamental para sua fidelização. Atrair, selecionar, reter e gerar envolvimento dos talentos na organização não é das tarefas mais fáceis. É preciso algum conhecimento sobre o comportamento humano além do conhecimento sobre a empresa e desenvolvimento de estratégias de sucesso, numa empresa de grande dimensão, é a área de Recursos Humanos que fica à frente destas atividades. Sabemos que manter uma estrutura de RH interna pode fugir e muito do orçamento.
As Pessoas são essenciais para que uma empresa cresça de forma estruturada e sustentável e para isso os decisores precisam de identificar as pessoas como um verdadeiro aliado, prontos para garantirem o suporte necessário na condução do crescimento. As expectativas precisam de ser claras e traçadas em conjunto, assim, o profissional terá uma visão macro para onde a empresa quer chegar e o que deve fazer no dia a dia, transformando planos em metas. Numa pequena empresa a proximidade da equipa pode ser um grande ativo de competitividade. Esse acompanhamento também fica mais fácil numa PME, onde os gestores promovem o seu envolvimento pessoal no desenvolvimento dos colaboradores.
Em alguns casos, isso é ainda mais evidente, fazendo com que o sucesso dos negócios esteja diretamente relacionado à dedicação dos profissionais que, por sua vez, produzem melhor quando se sentem motivados e valorizados. Portanto, a gestão do capital humano requer sempre a melhor atenção e deve estar focada no desenvolvimento de ações na lógica do bem comum, procurando alinhar as expectativas de colaboradores e gestores. As empresas, têm por isso vários desafios, dos quais se destacam: a atração e retenção de talentos, mesmo não dispondo de grande estrutura, é possível criar estratégias para a identificação dos pontos fracos das equipas e dos colaboradores individualmente, e a partir daí, trabalhar soluções para manter a satisfação em alta. Além disso, os processos de seleção devem ter o objetivo de captar profissionais que possuem afinidade com o tipo de atividade e com os valores da empresa.
A criação de um ambiente organizacional capaz de gerar organização e clareza de atividades, é fundamental, pois um trabalho desenvolvido sem foco não será bem feito, o que gera consequências negativas a médio e longo prazo. É necessário o mínimo de organização e separação de funções. Todos os profissionais precisam saber executar as suas atividades, contribuindo para a melhoria dos resultados das organizações.
A falta de reconhecimento do desempenho dos colaboradores, por ser um ambiente mais restrito, têm-se a impressão de que tudo o que é feito, não é mais do que a obrigação. Esse tipo de visão afasta os talentos e diminui a credibilidade da empresa. Surge a necessidade de através de modelos simples de avaliação de desempenho da organização se transferir para a avaliação das pessoas os mesmos objetivos estratégicos da organização, só assim se consegue pôr todos a remar no mesmo sentido.
Uma dificuldade nas pequenas empresas é ser assertivo nas contratações, quando se parte do conceito da polivalência levada ao extremo, os gestores vêm-se no meio de dúvidas e incertezas no momento de uma triagem. É preciso fazer um mapeamento para identificar os pontos em que a empresa necessita de qualificação e aplicar isso nos processos de seleção, ao mesmo tempo identificando as lacunas que os atuais colaboradores têm, dando corpo a um plano constante de formação e qualificação das pessoas.
A gestão de Pessoas nas pequenas empresas é ainda vista como custo, não como um investimento. Esse é um dos erros fatais para qualquer negócio. Quanto menor a empresa, maiores são as possibilidades de descontentamento e perda de produtividade. Dessa forma, é essencial ter capacidade de acompanhar e trabalhar as dificuldades dos colaboradores no dia a dia do negócio.
Para a gestão das pequenas empresas é preciso enfrentar desafios diários, para conseguir as pessoas certas no lugar certo, envolvidas e a gerar resultados extraordinários. O que se pretende por isso é a verdadeira dimensão da gestão de pessoas, para isso é necessário que os gestores e pequenos empresários foquem a sua ação de investimento, e de aquisição de conhecimento para as organizações, nesta área da gestão.